terça-feira, 28 de março de 2017

O PRAZER E O DESPRAZER DE FUMAR

Lembro-me de um tempo em que fumar era uma questão de afirmação social. O fumador era considerado e respeitado, conforme o cigarro que fumasse. O meu pai era fumador e para nós crianças, ver um adulto a fumar era algo que intimidava e nos levava a ter-lhe medo ou respeito. Nós, crianças víamos filmes na televisão, cujos heróis não eram heróis se não tivessem um cigarro nos lábios e até os desenhos animados tinham os seus heróis fumadores, como por exemplo o lucky-luke, que hoje parece andar com uma palha ou um palito na boca.




















Os anos foram passando e os personagens dos filmes que agora fumam são os vilões ou os anti-heróis. O cigarro tornou-se ele próprio um vilão. Actualmente as leis anti tabagismo estão a tornar-se de tal forma exageradas que um dia num futuro próximo, o fumador é olhado como um criminoso. Estão a tirar de dia para dia, todo o conforto aquele que desfruta do prazer de fumar. Controverso, porque além de pagar muito caro para o fazer, o Estado, que arrecada mais de 70% das receitas da venda do tabaco, retira-lhe os direitos de poder usufruir deste bem. Cada ano que passa aparece uma lei nova de proibição de fumar. Espaços fechados, concordo. Espaços abertos, desde que não incomode quem esteja perto, acho um natural exagero. O fumador é pura e simplesmente tratado como lixo. Os centros comerciais, os cafés e outros estabelecimentos metem os seus clientes a fumar na rua, ao vento e à chuva, sem qualquer consideração nem conforto pela pessoa que está ali a desfrutar de um prazer nesta vida cheia de controversas. Essa pessoa que está ali é um contribuinte que tem todos os seus impostos pagos inclusive o de fumar. Não se estará a tirar, inadvertidamente o direito de liberdade ao cidadão?












Sem comentários:

Enviar um comentário