A II Guerra Mundial foi das mais
recentes e por isso, toda a sua história ainda está presente em todos nós.
Há
pessoas que dizem que os monstros não existem e as criaturas fantásticas também
não, mas na verdade, nós, humanos somos poderosos, tão poderosos que cada um de
nós se pode dividir nos dois. Podemos ser monstros ou seres fantásticos sem o
sabermos. E o que é que a guerra tem a ver? Pois é! Tem muito a ver. Para que um
desses instintos seja ativado é preciso haver um colapso, ou uma catástrofe. Quando
se está numa guerra em que um tirano resolve enfrentar o mundo para o tentar
conquistar, ele rodeia-se de apoiantes. Apoiantes que são pessoas. Pessoas
aparentemente sãs. Mas será que são? Numa guerra, o caminho mais fácil é o de
se aliar ao sistema, e o difícil é o de fazer frente ao sistema mas é neste
caminho que surgem os tais seres fantásticos. Não vou aqui falar dos monstros
que a 2ª Grande Guerra criou, que esses, infelizmente já os devemos conhecer,
mas particularmente de uma pessoa que nesta mesma guerra, se tornou um desses
seres. Simone Segouin.
Simone Segouin nasceu em
Chartres na França. Era uma menina entre três rapazes e os seus pais viviam e
trabalhavam numa quinta. Estudou até aos 14 anos, interrompendo os seus estudos
para ajudar os pais no campo. Podia se ter tornado numa excelente agricultora,
se a Alemanha não invadisse a sua cidade e isso alterasse completamente o rumo da
sua vida.
Quando
se está em guerra, uma das coisas mais importantes é a troca de correspondência
e fazer isto nas costas do inimigo, não era nada fácil. De maneira que era
preciso um transporte e o ideal era uma bicicleta. Simone rouba uma bicicleta a
uma mensageira militar alemã e com ela passou a dedicar-se a esta tarefa. Entregar mensagens.
A partir daqui, e adotando um nome de guerra, ela
entra na clandestinidade, tornando-se uma lutadora da Resistência Francesa com
o nome de Nicole Minet, participando em missões perigosas, como capturar tropas
alemãs, descarrilar comboios e outros atos de sabotagem.
Simone Segouin esteve presente
ao lado da Resistência na libertação de Chartres a 23 de agosto de 1944 e dois
dias depois na Libertação de Paris.
Após a guerra, Simone torna-se
enfermeira pediátrica em Chartres onde ficou a morar até aos dias de hoje.
Simone Segouin tornou-se uma criatura
fantástica e uma heroína, testemunha viva das atrocidades criadas pelos
monstros desta Grande Guerra. Atualmente é um ícone de uma outra luta, a luta
pela igualdade de sexos. Simone faz 96 anos em outubro deste ano.
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Eu estava lutando pela resistência, só isso. Se eu tivesse que começar de novo, eu o faria, porque não me arrependo. Os alemães eram nossos inimigos, nós éramos franceses. Fico muito feliz em saber que as pessoas não são indiferentes a esse período da minha vida. |
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